Hoje no ônibus alguém usava o mesmo perfume que o teu
Lembrei das tuas roupas
"Adivinha o que eu trouxe?"
"Maconha?!"
"Sim!"
"Eu te amo!"
Tu merece todo e qualquer afago
Tu é livre
Mas não corajoso
Tu não sofre - só no pesado silêncio da desaprovação da tua família
Covarde!
Pra quem tu escreve?
Fez tão pouco em tanto tempo
Tu é um rio gelado
Todavia minh'alma não te julga,
Só ajoelha e chora baixinho.
Estás indo!
Me perdoa
Me perdoa
Eu me afoguei na minha própria insuficiência
Em 15 horas a tua solidão será levada à barbárie
E eu juro que volto, se pedir, eu volto
"Mas eu fui tão paciente e me esforcei tanto"
Que dor, quanta dor
Nessa calçada
Eu chorei na escada
Eu odeio a tua rua